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sábado, 1 de janeiro de 2011

«Estou preparado para assumir todas as responsabilidades que o meu partido entenda»

André Escoval, dirigente
do PCP/Alenquer
Notícia "Nova Verdade", edição de 01JAN2011

O jovem comunista André Escoval assegura que está “preparado para assumir todas as funções e responsabilidades” que o seu partido entenda atribuir-lhe, inclusive o lugar de vereador da CDU na Câmara de Alenquer. Isto, num quadro de renúncia de mandato por parte do actual vereador, José Manuel Catarino, que o dirigente da Concelhia do PCP – 4º da lista CDU para a câmara nas autárquicas de 2009 – não dá, para já, como certo. “A sucessão é uma questão que está em aberto e eu estou capacitado para isso, é uma área em que tenho trabalhado muito nos últimos tempos e em que já trabalhava também no Alentejo”, sustentou o estudante de sociologia, de 22 anos, salientando que a rendição de Catarino “não tem um prazo determinado e nem está decidido que seja feita por mim, há mais elementos na lista”. 
Numa entrevista ao “Fórum Alenquer”, programa de actualidade política da Rádio Voz de Alenquer, André Escoval elogiou “o trabalho espectacular desenvolvido por José Manuel Catarino na câmara, quer enquanto teve responsabilidades no mandato anterior –  revelando a capacidade de, com 0,7% do orçamento da autarquia, criar projectos novos para dinamizar Alenquer e conseguindo agregar muita gente e muitas instituições à sua volta para um trabalho de parceria –, quer hoje na oposição, na preconização daquilo que é o programa da CDU”. O activista e dirigente do PCP/Alenquer, natural da vila alentejana de Moura, reconheceu que “a CDU ficou desiludida com o resultado alcançado nas autárquicas de 2009 [perdeu mais de 500 votos], em função do trabalho que o vereador Catarino desenvolveu no mandato anterior, envolvendo as pessoas e recolhendo a aceitação que se via na rua”. “Falhou aquilo que tem falhado ao longo dos tempos: muitas vezes o trabalho que é desenvolvido não é reconhecido por parte da população e isso só tem uma resposta possível, é continuar esse trabalho, continuar a mostrar que é possível uma alternativa até que ela seja realmente visível, porque as populações só mudam quando têm consciência de qual é a alternativa e se calhar quatro anos não foram suficientes para acentuar de forma perene essa alternativa”, analisou Escoval.
Refutando as dificuldades de regeneração da estrutura concelhia do PCP que tem ressaltado para a opinião pública alenquerense, André Escoval sublinhou que “antes do ‘25 de Abril’ e a seguir à revolução houve um conjunto de pessoas no partido, em Alenquer, que se tornaram referências e isso dificultou o aparecimento de outras pessoas na frente do trabalho, mas isso não obstou a que o PCP em Alenquer tivesse ao longo dos anos, e continue a ter, uma postura muito diferente do PS e do PSD”. Apesar disso, “podemos dizer que nas últimas eleições autárquicas as listas da CDU tiveram uma lavagem geral, com a entrada de muita gente nova, quer ao nível da assembleia municipal quer ao nível das assembleias de freguesia, que vieram dar uma roupagem nova à CDU”, destacou o jovem dirigente comunista, acrescentando que a coligação PCP/PEV “tem um longo caminho a percorrer, de trabalho junto das populações, para que objectivamente possa vir a ser a alternativa que Alenquer precisa”.
Estando a frequentar a licenciatura em sociologia, André Escoval admitiu que não é tarefa fácil conciliar os estudos com uma intensa actividade política que engloba a direcção da Concelhia da CDU de Alenquer, mas não só. “Enquanto dirigente do PCP a tarefa que tenho ao nível da concelhia é acompanhar o trabalho autárquico e coordenar a comissão de trabalho autárquico do partido; essa é uma das tarefas que tenho no PCP; tenho outras que não em Alenquer. Não é uma vida fácil, porque conciliar os estudos exigentes de uma licenciatura requer de mim uma capacidade de coordenação e de trabalho, e de conseguir intercalar os estudos com a política, mais a vida familiar e a minha vida social, o que resulta numa exigência forte de método, de rigor, de preparação, de antecipação do trabalho”, enfatizou aquele que deverá mesmo render Catarino na vereação alenquerense, em 2011, assumindo que tem “uma opção clara na vida, que é deixar uma marca, contribuindo no colectivo do PCP para a transformação que nós achamos que Portugal merece e que os trabalhadores necessitam”.

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