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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Diversas populações de Alenquer sem acessos há um mês

Deslizamento de tarras na EN9-3, freguesia de Ribafria
As baixas temperaturas desta semana fizeram esquecer as fortes chuvas que brindaram o ano novo, mas, para algumas populações do concelho de Alenquer, os estragos no início do mês ainda estão bem presentes. Na freguesia de Ribafria, os acessos estão condicionados devido ao deslizamento de terras na antiga Estrada Nacional n.º 9-3 (EN9-3). A autarquia está a lançar um concurso para a requalificação, mas não assegura que as obras estejam concluídas antes do próximo Inverno.
A forte precipitação fez transbordar o rio Alenquer e um dos seus afluentes, provocando inundações em diversas localidades. "Há mais de cinco anos, a estrada foi alvo de uma intervenção, mas as enchentes de Dezembro de 2009 e Março de 2010 levaram a conduta a ceder. Agora com as chuvas de há três semanas a situação agravou-se", contou ao PÚBLICO Nuno Coelho, vereador do PSD.
A melhor alternativa para os habitantes tornou-se assim as pontes pedonais. Porém, este vereador da oposição afirma que também estas poderão estar em perigo, "porque com a força das águas veio o entulho que deteriorou as bases das estruturas". Outra solução é uma outra via, que fica a cinco quilómetros da antiga EN9-3. Contudo, existe mais um problema: a estrada não tem largura suficiente para dois veículos ligeiros. E até o autocarro do transporte escolar é obrigado a deixar as crianças no início da via. "É uma situação muito grave e a câmara ainda não percebeu que estas obras são prioritárias e não são gastos supérfluos", defende Nuno Coelho. O vereador da CDU, José Catarino, afirma que a "situação é de alto risco", principalmente para "os carros pesados que todos os dias passam" ali e que levarão a estrada a abater ainda mais.
O presidente da autarquia, Jorge Riso, declarou ao PÚBLICO que "já na próxima semana irá ser lançado o concurso" para as obras. "São à volta de 800 mil euros. Sabemos que as acessibilidades são prioritárias, só que a câmara não têm capacidade para esse financiamento", admite, confessando que as obras "podem não estar feitas até ao próximo Inverno".

Fonte: "Público"

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