O Tribunal de Alenquer condenou quatro arguidos, indiciados por assaltos em vários países europeus, a penas de prisão entre os nove e os 18 anos de prisão por assaltos violentos no país, o mais grave ocorrido nesta vila, informa a Lusa.
A juíza Raquel Costa disse, na leitura do acórdão, que «não restam dúvidas de que os arguidos cometeram os crimes pelos quais vinham acusados».
Os arguidos estavam acusados de serem os responsáveis de assaltos violentos em Portimão, Torres Vedras, Cadaval e Alenquer e pela falsificação de matrículas de automóveis furtados sobretudo em Espanha e Itália.
Os arguidos, todos estrangeiros, foram condenados em cúmulo jurídico a 18, 16 anos e oito meses, nove anos e nove meses e nove anos de prisão pelos crimes de roubo agravado, sequestro, burla informática, detenção de arma proibida, falsificação de documentos, resistência e coação à polícia e ainda receptação.
Neste julgamento existia um quinto arguido, cujo paradeiro é desconhecido e que tem pendente um mandado de captura internacional.
Em Alenquer, dois dos arguidos assaltaram uma quinta histórica ligada à companhia de vinhos Casa Santos Lima. Os assaltantes manietaram e agrediram fisicamente vários residentes da quinta, acabando por os manter fechados à chave num anexo da habitação.
Da quinta, foram furtados artigos em ouro com pedras preciosas, mais de meia centena de obras de arte, faqueiros, castiçais e outros artigos de decoração em prata, avaliados em pelo menos 25 mil euros, e ainda cartões de crédito, telemóveis e diversos automóveis de alta cilindrada.
Os arguidos agora condenados são ainda suspeitos de pertencerem a um «grupo internacional organizado» que se dedicava a fazer assaltos a residências em outros locais do país e em diversos países europeus, onde vão ainda responder em tribunal no âmbito de outros processos judiciais.
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