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terça-feira, 5 de abril de 2011

Ambientalistas querem alargar área da Paisagem Protegida do Montejunto para defender ambiente do turismo

As associações ambientalistas Quercus e a Alambi de Alenquer anunciaram hoje que propuseram alargar a área da Paisagem Protegida do Montejunto até à Ota para salvaguardar as questões ambientais face ao aparecimento de novos empreendimentos turísticos.
Num parecer ao Plano de Pormenor da Quinta da Puceteira, enviado à câmara de Alenquer e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a que a Lusa teve acesso, Quercus e Alambi propõem alargar a paisagem protegida regional da Serra do Montejunto à Serra Galega, à Serra de Ota e ao Paúl da Ota, zonas de Alenquer para onde esteve previsto o novo aeroporto internacional de Lisboa.
Os ambientalistas alertam que, com o aparecimento de novos empreendimentos turísticos e com a consequente “carga humana que se vai abater”, se deve evitar que a zona seja convertida em “parque de diversões” e que os valores ambientais aí existentes sejam “degradados”.
“Além da simples classificação de Reserva Agrícola ou Ecológica, classificações que têm vindo a ser destruídas, esta zona não está protegida por decreto-lei”, explicou à Lusa a presidente da Alambi, Isabel Graça.
A ambientalista explicou que a Serra Galega, a Serra de Ota e o Paúl da Ota “constituem um corredor ecológico entre o Montejunto e o Estuário do Tejo”, cujos valores ambientais associados aos interesses geológico, botânico e hídrico “não estão protegidos”.
Além disso, existe o Canhão Cársico da Ota, considerado um dos mais valiosos tesouros do património natural e histórico do concelho, dada a sua importância em termos geológicos, florísticos e faunísticos.
A Serra do Montejunto é o ponto mais alto da Região Oeste, elevando-se a 666 metros de altitude e estendendo-se por uma área de 4500 hectares, onde nidificam 70 espécies das 400 existentes.

Fonte: http://ecosfera.publico.clix.pt/

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