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terça-feira, 5 de julho de 2011

Câmara sabia de alteração do protocolo do relvado sintético do Futebol Clube de Ota

(Foto: BLOGOTA)
A direcção do Ota, afinal, agiu correctamente na questão do protocolo e do leasing para a colocação do sintético. Nuno Coelho e José Catarino pediram desculpa a Miguel Ferreira por terem chamado o presidente do FCO à reunião de câmara de 4 de Julho.
A direcção do Ota saiu claramente ilibada do processo que envolveu o clube e a câmara de Alenquer. Em causa estava o protocolo assinado em Maio de 2010, que previa o pagamento por parte da autarquia de cerca de 4 mil euros mensais por um periodo de 10 anos, quantia que serviria para o FCO adquirir o tão desejado relvado sintético. O Ota sentiu alguma dificuldade para ver o contrato de leasing aprovado, o que acabou por suceder em Dezembro de 2010, mas com condições diferentes das protocoladas com a câmara: cerca de 5300 euros mensais, por um periodo de 7 anos. Miguel Ferreira, presidente da direcção do Ota, informou Jorge Riso e João Hermínio da situação, e o clube acabou por assumir o pagamento da quantia restante que não fazia parte dos valores do protocolo, ou seja, cerca de 1300 euros mensais. 
O que sucedeu entre Janeiro e Junho deste ano, com o Ota a ser sobrecarregado com esse pagamento extra. A direcção do FCO concluiu que não iria conseguir pagar tal verba durante mais tempo, e pediu à câmara para rever o protocolo, de modo a que o município suportasse integralmente o valor mensal do leasing estabelecido com o Santander Totta. Quando o pedido chegou à reunião do executivo municipal, Nuno Coelho e José Manuel Catarino reagiram mal e afirmaram-se magoados e indignados com o Ota, porquanto julgaram que o clube havia negociado um leasing com condições diferentes à revelia do conhecimento da câmara. Jorge Riso e João Herminio tinham, também eles, manifestado algum desconforto com o Ota na reunião de 20 de Junho, como se não soubessem que a direcção do FCO tinha negociado um leasing diferente dos valores protoculados. Mas afinal sabiam. Miguel Ferreira afirmou, na reunião de câmara de 4 de Julho, que o Ota deu conhecimento oficial ao presidente da câmara e ao vice-presidente mesmo antes de ter estabelecido o contrato de leasing, e garantiu que o Ota só avançou para a assinatura do contrato depois de ter a aprovação de ambos os autarcas. Perante a explicação, Nuno Coelho e José Manuel Catarino pediram desculpa ao presidente do Ota: "Se soubéssemos há duas semanas o que sabemos hoje, não teriamos pedido ao presidente do Ota que cá viesse, pois julgávamos uma coisa e afinal é outra completamente diferente; não foi o Ota que desrespeitou a câmara, foram o presidente e o vice-presidente da câmara que desrespeitaram o Ota, ao não trazerem este assunto à câmara em Dezembro para que o protocolo assinado em Maio fosse alterado". Nuno Coelho e catarino garantiram que não encontram justificação para a atitude do presidente, tanto mais que a mesma custou ao Ota mais de 7 mil euros, a diferença que o clube teve que suportar durante 6 meses. "Se a situação tivesse sido apresentada em Dezembro, seguramente que toda a câmara teria votado favoravelmente a alteração do protocolo", concuiu Coelho, que desta vez optou por se abster na votação da alteração ao protocolo, "por respeito ao Ota", tal como afirmou, também apoiado pelo vereador da CDU. O Ota saiu, desta forma, por cima dos acontecimentos, e foram Riso e Hermínio quem ficaram menos bem na fotografia. "Admito que o processo possa não ter sido conduzido da melhor forma, mas tudo o que fizémos foi a pensar no interesse do Futebol Clube de Ota", declarou o presidente da câmara, na reunião de 4 de Julho.

Fonte: http://www.jornal-fundamental.com

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