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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cidadãos lançam debate para discutir problemas de Alenquer

Um movimento de cidadãos de Alenquer, criado de forma espontânea a partir da rede social Facebook, vai promover no sábado um debate aberto à população para discutir os problemas do concelho, disse um dos organizadores.
“Este debate surgiu de um desabafo meu no Facebook acerca do marasmo em que está Alenquer, porque não vemos ninguém nas ruas, a principal rua do comércio tem umas 15 lojas fechadas e existem prédios degradados”, afirmou à agência Lusa Vladimiro Matos, proprietário do estabelecimento comercial mais antigo na vila de Alenquer, com mais de 50 anos.
Para o comerciante, “não há clientes, o comércio está de rastos e não há nada que motive as pessoas a visitar Alenquer”, acrescentando que “existem poucas iniciativas culturais e as que existem são pouco divulgadas”.
José Fernando Nunes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, apontou o desemprego para explicar a situação em que se encontra a vila.
“Há desemprego e houve também empresas que fecharam e que obrigaram as pessoas a ir trabalhar para Lisboa, Vila Franca de Xira ou para a Azambuja que deixam de consumir na vila”, explicou.
Por outro lado, defendeu também que “não existe capacidade de atrair visitantes à vila histórica” e que, por força do aparecimento de grandes superfícies comerciais, o comércio tradicional “deixou de se modernizar e de renovar a sua imagem comercial”.
Vladimiro Matos e José Fernando Nunes são dois dos sete cidadãos (entre eles o presidente da câmara municipal) que integram uma comissão criada a partir do movimento “Todos por Alenquer”.
“Esta comissão integra pessoas de vários quadrantes políticos e não tem quaisquer interesses políticos. O nosso único interesse é tirar Alenquer do marasmo”, disse Vladimiro Matos.
A comissão agendou para sábado a realização de um debate para discutir os problemas do concelho.
A iniciativa, alargada à participação de toda a população, está prevista para as 15:00 horas de sábado, no auditório Damião de Góis.

Fonte: Agência Lusa

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