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sábado, 5 de novembro de 2011

Concessão da “Chemina” implica pagamento de renda incomportável para a Câmara de Alenquer

O executivo municipal de Alenquer está a analisar os termos de uma proposta para recuperação e requalificação do edifício da “Chemina”, apresentado por um grupo de investidores, que prevê a transformação da antiga fábrica têxtil (1889) num espaço comercial e de estacionamento, no âmbito de uma concessão do espaço por 60 anos. A decisão camarária está, contudo, dependente da definição da parte do complexo destinado à eventual instalação de serviços da autarquia, e da respetiva renda, entendendo a gestão PS em exercício que a área apontada pelos promotores ultrapassa largamente as necessidades do município.
O denominado “Chemina Factory Place” surge na sequência da aprovação do Estudo de Vocação Imobiliária para a antiga unidade industrial, realizado pela firma Gustavo da Cunha – Consultoria e Promoção de Negócios, Lda, que implicou um dispêndio de 14 600 euros por parte da câmara alenquerense. Por solicitação da autarquia, a empresa responsável pelo estudo envolveu um grupo de investidores privados interessados no modelo de financiamento que pode conduzir à reconstrução e exploração do centenário edifício industrial que, tendo sido adquirido pelo município há 17 anos na sequência de um conturbado processo de falência, foi pasto das chamas em Março do ano 2000.
“O estudo apresentado contempla um espaço essencialmente comercial e de estacionamento, em que também há uma parte para a autarquia e é essa questão aqui que teremos de ponderar muito bem, porque, de facto, a câmara para os seus serviços precisa de algum espaço, mas não precisa de tanto quanto aquele que nos foi apresentado”, afirmou ao Nova Verdade o presidente da edilidade alenquerense, Jorge Riso (PS), salientando que “se trata de um projecto único, mas temos que analisar devidamente a proposta, tendo em conta a área que a câmara efectivamente precisa para relocalização de alguns serviços públicos municipais e os custos que isso pode vir a acarretar para autarquia, nomeadamente em termos de renda”. 

Notícia desenvolvida na última edição do "Nova Verdade"

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