"Na primeira semana no lar, ele esteve bem, mas no dia 17, quando o fui visitar, não o reconheci. Estava todo sujo e disse que estava cheio de fome", conta o neto de António, Pedro Costa, de 27 anos. "Sofria de Alzheimer mas era autónomo. Em pouco tempo ficou magrinho, tremia muito e queixava-se do estômago", acrescenta Liliana Costa, mulher de Pedro e que no dia 20 se viu obrigada a transportar o idoso para o hospital. "Ligaram do lar para a minha sogra a dizer que alguém o tinha de levar ao hospital. Disseram-me que estava a tomar ‘Zolpidem’ e ‘Diazepam’, ambos para dormir. Não estava a tomar a medicação para a Alzheimer", revela Liliana.
Já no hospital, o idoso viria a falecer com "uma infecção nos intestinos, desnutrido e desidratado", quadro clínico que poderia ter sido minimizado "se o socorro tivesse sido prestado atempadamente". A família aguarda o resultado da autópsia para avançar com um processo contra a instituição.
Contactado pelo CM, o director delegado da SCMA, Luís Rema, diz que "o senhor estava num estado lastimoso quando faleceu, devido a uma depressão que desenvolveu pelo facto de estar longe da filha". Luís Rema diz que cabe ao médico explicar qual era o estado de saúde do idoso. "Admito que possa haver uma falha ou outra, mas é importante ouvir todas as partes. Se houver responsabilidades, estamos cá para as assumir".
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt
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