O jovem empresário Luís Manuel Brilha considera que “Alenquer foi ultrapassado nos últimos anos pelos concelhos vizinhos, nomeadamente na angariação de investimentos”, e agora – com o País em crise e o fim do projecto de instalação do novo aeroporto na Ota – o único caminho que lhe resta é o da “diferenciação, através da partilha de ideias inovadoras, que chamem pessoas para o concelho e consigam algum investimento”. E aponta uma das ideias que, na sua perspectiva, pode e deve ser explorada: transformar Alenquer na capital do ciclismo de aventura e do cicloturismo, aproveitando a mais-valia que, nas suas palavras, constitui o extenso e rico território concelhio, particularmente o Alto Concelho.
Em entrevista ao Nova Verdade, o administrador da Brilha Alimentar faz um retrato da empresa familiar, com sede na zona industrial do Carregado, cuja gestão partilhada assumiu há seis anos (em conjunto com a irmã Ana Catarina Brilha), que tem vindo a ganhar cada vez maior importância no sector alimentar (fabricação de refeições e pratos pré-cozinhados). Uma empresa que emprega uma centena de trabalhadores e que já está virada para a exportação.
Licenciado em gestão, Luís Manuel Brilha, de 34 anos, assume um discurso pragmático sobre a crise que assola o País, manifestando concordância com a política de austeridade seguida pelo Governo, embora reconheça ter muitas dúvidas sobre os efeitos práticos do agravamento do IVA na restauração para 23%, já este mês, que, na sua opinião, pode não resultar no desejado aumento das receitas fiscais e levar, ainda, ao encerramento de centenas de empresas do sector, assim como ao consequente agravamento do desemprego.
Pode ler a entrevista a Luís Manuel Brilha na edição do Nova Verdade de 1 de Janeiro de 2012
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