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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ministério Público de Alenquer pede prisão para acusados de falsificar 2,5 milhões de dólares

O Ministério Público (MP) de Alenquer pediu esta quarta-feira prisão efectiva para dois arguidos acusados de terem falsificado 2,5 milhões de dólares, enquanto a defesa pediu penas leves.
Na primeira e única sessão do julgamento, o procurador do MP, Luís Pires, disse nas alegações finais não acreditar na versão relatada pelos arguidos, considerando que não houve uma confissão absoluta dos factos, e pediu prisão efectiva para os dois.   
Pelo contrário, os advogados de defesa alegaram que o MP "se enganou na acusação", chegando mesmo a afirmar que o mediador imobiliário e o programador informático, de 51 e 36 anos, foram indiciados por um "infiltrado da Polícia Judiciária", que se fez passar por comprador das notas falsas.   
Neste sentido, pediram penas de prisão até cinco anos, suspensas na sua execução.   
Em Junho de 2009, o mediador imobiliário decidiu fabricar 2,5 milhões de dólares em notas falsas na sua garagem, em Alenquer, onde possuía máquinas tipográficas, refere a acusação.  
No sentido de melhorar a qualidade das imagens digitalizadas e alterar os números de série das notas de cem dólares em computador, pediu a colaboração do programador informático.  
Segundo o MP, ambos incorrem numa pena de prisão até 12 anos pelo crime de contrafacção de moeda.  
Os 25 maços de notas falsas de 100 dólares fabricadas, perfazendo os 2,5 milhões, eram destinados a serem vendidos a um empresário de Sintra, cuja identidade e paradeiro são desconhecidos do processo.   
Os dois arguidos foram detidos pela Polícia Judiciária a 16 de Julho de 2009 em flagrante delito, quando procediam à passagem do saco do dinheiro de um carro para outro.   
Em tribunal, o arguido de 51 anos disse ter sido contactado por um homem de Sintra de apelido Ribeiro, a quem iria entregar os dólares no dia da detenção. Para a falsificação das notas, contactou um espanhol conhecido para proceder à sua impressão.   
No âmbito da operação, foram efectuadas buscas nas casas dos dois suspeitos, em Camarate, Loures, e em Alenquer, onde foram encontradas notas falsas de 100 dólares, computadores, impressoras, fotocopiadoras, máquinas ‘offset’ e diverso material usado no fabrico das notas, além de dezenas de munições.  
Num dos computadores, as autoridades policiais descobriram imagens de notas de 100 dólares digitalizadas, um ficheiro alfanumérico com as mesmas, além de ficheiros com elementos de identificação e de segurança das notas.  
Ambos têm aplicado a medida de coacção de Termo de Identidade e Residência. A leitura do acórdão ficou agendada para 13 de Janeiro.   

Fonte: www.cmjornal.xl.pt

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