Páginas

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ota foi palco do I Open de Portugal: Agarra que é lebre

A Ota recebeu o I Open de Portugal, uma largada de lebres vivas perseguidas por galgos. Um desporto para estômagos fortes.
Trinta corridas depois, os galgos ‘Texas de Bente’ e ‘Morante’ estão presos à mesma trela, prestes a partir para a última corrida. Dos 32 cães e cadelas que se apresentaram ao concurso do I Open de Portugal, estes dois machos são os eleitos para disputar a final. Os cerca de dois mil espectadores que se acotovelam à volta do recinto, montado na Quinta de Paços, nos arredores da vila de Ota, concelho de Alenquer, esperam, ansiosos, pela prova. E eis que sai a lebre a correr esbaforida, logo perseguida pelos dois galgos a grande velocidade. 
A lebre não corre para muito longe, tenta safar-se dos cães com uma série de fintas curtas. Inverte a marcha e, em menos de um minuto, escapa-se do recinto para uma liberdade conquistada ao preço do maior susto da sua vida. Segundos depois, o júri montado a cavalo agita a bandeira branca, cor da coleira do vencedor. 

Ganhou o ‘Texas de Bente’, um cão que Fernando Lopes e a sua equipa trouxeram de Vila Nova de Famalicão. "Não estávamos à espera, é a primeira vez que este cão corre às lebres. Foi uma grande vitória", diz Fernando Lopes, que explica o nome do galgo de dois anos e meio: "Veio da Irlanda com um nome inglês, pusemos ‘Texas’ por que eram as últimas letras do nome original e ‘Bente’ por que é a minha freguesia."

VELOCIDADE E DESTREZA

A primeira prova organizada pela Federação Portuguesa de Galgueiros começa por volta das 10h30 da manhã. Uma fila imensa de carros entope a estrada de terra batida que dá acesso à Quinta de Paços, onde há mais de 20 anos não se faziam largadas de lebres. Os bilhetes custam cinco euros e permitem aos 2 mil espectadores ver as 32 corridas previstas. As regras são simples: os galgos competem aos pares e têm por missão perseguir a lebre, que parte com 100 metros de avanço. Ganha o cão que mais vezes tocar na lebre antes de esta sair do recinto ou até a lebre acabar morta na boca dos cães – o que acontece em mais de metade das corridas. 

Fonte: "Correio da Manhã"

Sem comentários:

Enviar um comentário