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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Municípios criam rede nacional de rotas de vinhos

Autarquias produtoras de vinho querem aumentar a competitividade do enoturismo português, promovendo em conjunto no exterior as 14 rotas regionais existentes no País.
Reunida hoje em Alenquer, a Associação de Municípios Produtores de Vinho (AMPV) decidiu criar o Clube Rotas de Vinho para haver em Portugal “um turismo de vinho de qualidade, organizado, integrado e coordenado”, já que “só através deste modelo se poderá eficazmente aumentar a competitividade a partir da soma dos valores diferenciais de cada uma das rotas do vinho, que irão compor este Clube”.
O plano passa por promover o produto turístico "Rotas do Vinho de Portugal", que poderá vir a juntar as actuais 14 rotas do vinho – Alvarinho, Cister, do Porto, Trás-os-Montes, Verdes, Bairrada, Dão, Lisboa, Bucelas, Carcavelos e Colares, Tejo, Setúbal, Alentejo, Algarve e Açores –, embora neste momento só nove delas estejam a operar em pleno.
De acordo com o documento distribuído na reunião, a que o Negócios teve acesso, o “clube” irá organizar toda a oferta existente de enoturismo nas suas várias vertentes (hotéis, restaurantes, vinícolas, Agências de Viagens, bares de vinho, entre outros) e “incentivar o trabalho em parceria entre o sector público e privado para garantir aos turistas um serviço de qualidade, para tornar as rotas mais competitivas e assim poderem alcançar uma maior quota de mercado”.
Dirigido tanto a consumidores ocasionais, interessados e profissionais, o plano da AMPV prevê que o processo de adesão das diferentes rotas regionais ao Clube Rotas de Vinho decorra durante o segundo semestre de 2012.
Segundo os dados gerais do Turismo de Portugal, publicado em 2006, a procura primária na Europa pelo enoturismo era de 600 mil viagens internacionais por ano, o que correspondi a 0,25% das viagens de lazer realizadas para europeu. A previsão de crescimento anual apontava então para valores entre os 7% e os 12%.
Na mesma apresentação são apontadas vantagens para os territórios deste modelo integrado para a promoção das rotas: promove o desenvolvimento turístico sustentável, dinamiza as economias locais, promove a inversão da sazonalidade do turismo, melhora o índice de satisfação pela qualidade dos serviços oferecidos; oferece um produto de maior qualidade e mais competitivo. atrai investimentos para os territórios, promove novos oportunidades de negócio e promove a fixação da população no território.
Além do Clube Rota dos Vinhos, outra acção estratégica que saiu da reunião desta manhã dos autarcas foi a de operar um modelo de certificação de cada uma das rotas, sendo proposta a adesão a um “manual de boas práticas”.

Fonte: www.jornaldenegocios.pt

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