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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Parque temático de 120 hectares vai nascer em Alenquer e Azambuja

O parque temático alusivo à época dos descobrimentos deverá começar a ser construído dentro de dois anos nos concelhos de Alenquer e de Azambuja, depois de a CCDR-LVT ter aprovado o projecto, disse hoje o seu promotor.
António Domingos afirmou à agência Lusa que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) deu dois anos para ser apresentado o projecto definitivo, mas o promotor espera conseguir começar as obras dentro desse prazo.
A CCDR-LVT considerou como projecto estratégico o parque temático, classificando-o como Núcleo de Desenvolvimento Económico de turismo e Lazer no Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo, o que permitirá acelerar o processo de licenciamento.
O promotor adiantou que «nas próximas semanas» vai entregar às câmaras de Alenquer e Azambuja o plano de pormenor para a área em que deverá ser implantado o parque temático, no sentido de ultrapassar as restrições impostas pelos planos directores municipais.
Tendo em conta a relevância do projecto em termos de «criação de postos de trabalho e de atractividade de visitantes» a Alenquer e Azambuja, os presidentes destas câmaras, Jorge riso e Joaquim Ramos, disseram à Lusa que tencionam licenciar o empreendimento «três a quatro meses» após o plano de pormenor lhes ser entregue.
Apesar da crise, António Domingos afirmou que o financiamento para o projecto, orçado em 350 milhões de euros, «está assegurado» por vários investidores, alguns dos quais estrangeiros que vão garantir «cerca de 40 por cento» do montante necessário.
O projecto, considerado Projecto de Interesse Nacional pela Agência para o Investimento e Comércio Externo, prevê a construção de um parque temático, um hotel de quatro estrelas com 400 camas e outros espaços de apoio, como restaurantes, piscinas e spa, alusivos ao tema. Nesta primeira fase, serão investidos 25 milhões de euros.
O parque temático pretende «valorizar e divulgar os Descobrimentos através de actividades lúdicas e culturais, que proporcionam ao visitante vivências e experiências relacionadas com o que foi a presença de Portugal no mundo», explicou o autarca de Alenquer.
Numa segunda fase, deverão ser investidos outros cem milhões de euros na construção de pelo menos mais dois hotéis, de quatro estrelas, centro de congressos e outros equipamentos complementares, tais como campos de ténis e de golfe, piscina, restaurantes e zonas comerciais.
O projecto chegou a estar condicionado até 2008 por medidas restritivas à ocupação dos solos, devido à intenção do Governo de localizar o novo aeroporto de Lisboa na Ota.
Segundo o promotor, o parque temático poderá abrir portas em 2014, ano que coincide com a comemoração dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Japão, e deverá criar 1900 postos de trabalho directos.
O empreendimento está previsto para uma área de 120 hectares e deverá atrair «no terceiro ano 2 milhões e 400 visitantes», 50 por cento dos quais são estrangeiros.
As entidades do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e do Turismo do Oeste sublinharam, em nota de imprensa, a importância do projecto para o sector «num momento em que se assiste a uma contracção do investimento» por se tratar de um parque com «projecção internacional».


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