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sábado, 29 de dezembro de 2012

Homicida rejeitou filhos à nascença

Keli Oliveira, 32 anos, matou os dois filhos, Henrique e Raphael
A depressão de Keli Oliveira começou com o nascimento do primeiro filho, Henrique. Passou a refugiar-se em casa e, mesmo que os vizinhos batessem à porta, Keli , 32 anos, não queria receber visitas.
Aos familiares do companheiro, Cláudio, chegou mesmo a desabafar que quando os dois filhos nasceram "não engraçava com os meninos". No dia 19 em Preces, Alenquer, trancou os meninos dentro do quarto e depois pegou fogo ao sofá. As crianças, de dois anos e meio e de um ano, morreram por inalação de fumo.
Quando foi detida, quatro dias depois, Keli Oliveira não mostrou arrependimento pelo que tinha feito aos filhos e nem justificou ao juiz do Tribunal de Vila Franca de Xira os motivos do acto tresloucado. "Ela realmente disse que no início [após o parto] não gostava muito de os ver, mas que agora até gostava deles", conta ao CM a avó paterna dos meninos, Maria Nazaré.
Quando os técnicos da Segurança Social tiveram conhecimento do caso, em Julho, obrigaram o casal a colocar os meninos numa creche, uma vez que as crianças "evidenciavam falta de cuidados em relação à higiene pessoal, vestuário e ausência de estimulação". A Segurança Social obrigava também Keli a ser acompanhada por um psicólogo, mas a homicida brasileira nunca foi às consultas marcadas. O caso foi levado à Justiça. Cláudio e Keli receberam uma carta do tribunal a 22 de Outubro.
Os familiares dos meninos ficaram em choque quando souberam do incêndio fatal. Antes de fugir, Keli ainda ligou para a avó das crianças a dizer que tinha assassinado os netos da mulher. "Fiquei tão aflita que liguei logo para todo o lado para saber se aquilo era mesmo verdade. Foi a pior coisa da minha vida quando um militar da GNR me disse que os dois meninos estavam mortos", recorda a avó Maria Nazaré.

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