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sábado, 13 de julho de 2013

"Arrependo-me de matar os meus filhos"

Keli Oliveira, de 32 anos, está em prisão preventiva na prisão-hospital de Caxias
"Estou arrependida de ter matado os meus filhos. Não me importa a pena. Não tenho projetos para a vida". Foi desta forma que Keli Oliveira – que matou os dois filhos em dezembro do ano passado para se vingar do pai das crianças – comentou o pedido do Ministério Público para que lhe seja aplicada a pena máxima de prisão: 25 anos. A mulher, de 32 anos, fechou os dois filhos – um bebé de 11 meses e uma criança de dois anos – no quarto e ateou fogo a um sofá da casa, em Preces, Alenquer. Raphael e Cláudio morreram asfixiados.
Para o advogado de Cláudio Português, o pai das crianças, "não havendo uma doença que justifique este crime, só demonstra que Keli tem um caráter de maldade". Por isso foi implacável e pediu pena máxima.
Na sua intervenção, o procurador do Ministério Público sublinhou o facto de "ninguém ter assumido que Keli poderia ser inimputável ou ter uma imputabilidade reduzida", até porque o crime foi premeditado. Uma semana antes já tinha tentado levar a sua vingança adiante, mas acabou por desistir.
A brasileira manteve-se calma e serena durante toda a audiência. A psiquiatra que a acompanha no hospital-prisão de Caxias, onde está detida, foi uma das cinco testemunhas ouvidas ontem. A médica revelou que Keli está sob forte medicação, nomeadamente antidepressivos, ansiolíticos e neurolépticos e que "existe risco de suicídio".
Por sua vez, a advogada da arguida sublinhou que é preciso entender a motivação que a levou a cometer tal crime, pedindo que lhe seja atribuída imputabilidade diminuída pois, lembrou, "foram várias as perícias médicas que atestaram que a arguida padece de uma forte depressão pós-parto".
A leitura do acórdão está agendada para o próximo dia 14 de agosto.

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