Páginas

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Condenado a prisão por tentar matar patrão que o ia despedir

O Tribunal de Alenquer condenou hoje a quatro anos de prisão, com pena suspensa, um homem que tentou matar, em abril de 2013, o presidente da associação para a qual trabalhava, porque ia ser despedido.
Na leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes disse que o tribunal deu como provados quase todos os factos de que o vigilante do Campo de Tiro da Abrigada, de 56 anos, vinha acusado pelo Ministério Público (MP).
O tribunal provou que "o arguido tinha intenção de matar o ofendido em reação à eventual proposta de despedimento", afirmou o juiz Jorge Esteves, condenando-o à pena mínima de quatro anos de prisão, suspensa na sua execução, pelo crime de homicídio tentado.
Corroborando a acusação, o acórdão veio provar que, sabendo que iria ser despedido, o funcionário decidiu vingar-se do presidente da associação de caçadores daquela freguesia, tendo-lhe telefonado e marcado um encontro.
No local, o arguido apontou-lhe uma arma de fogo, dizendo-lhe "eu mato-te, ajoelha-te, mete as mãos para cima", ao que a vítima obedeceu.
O homem acabou por disparar dois tiros, que não atingiram o dirigente associativo, que acabou por fugir, esconder-se numa zona de mato e pedir auxílio.
O tribunal não provou a ameaça com uma faca, que o arguido "usava para as suas funções na associação".
O arguido foi absolvido dos crimes de detenção de arma proibida, por a caçadeira não ser sua, e de coação agravada, de que estava também acusado.
Após investigação, e na ausência de testemunhas e de detenção em flagrante delito, o trabalhador foi apontado como principal suspeito e presente a tribunal quase um mês depois, tendo ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva.
A medida de coação foi alterada em novembro, para prisão domiciliária sob vigilância eletrónica, depois de o homem ter prestado novas declarações ao juiz de instrução criminal.

Sem comentários:

Enviar um comentário