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terça-feira, 10 de junho de 2014

Câmara de Alenquer denuncia falta de condições do posto da GNR

Instalações deixam entrar a água da chuva e estão cheias de humidade. Autarca fala em condições "sub-humanas" e exige soluções ao Ministério da Administração Interna.
Mais de meia centena de militares da GNR de Alenquer trabalha em condições "sub-humanas", em instalações onde chove e existe muita humidade, afirmou nesta terça-feira o presidente da câmara municipal, Pedro Folgado, que exigiu soluções ao Ministério da Administração Interna (MAI).
O autarca socialista, que visitou recentemente as instalações do Posto e do Destacamento da GNR de Alenquer em conjunto com outros dirigentes do PS, disse à Lusa que "chove lá dentro e as infiltrações são visíveis em todo o edifício", concluindo tratar-se de "condições muito deterioradas e sub-humanas".
Contactada pela Lusa, a tutela admitiu estar "consciente das condições", motivo pelo qual "têm sido realizadas diversas reuniões envolvendo a GNR, o MAI, a Direcção Geral de Infra-estruturas e Equipamentos e o município de Alenquer no sentido de encontrar uma solução".
Segundo o autarca, o posto é de tal modo "exíguo" que existe apenas um quarto para os militares do sexo feminino, com dois beliches e cinco camaratas. As mais altas ficam ficam muito próximas do tecto. "Na última camarata, tem de se ser muito magro para conseguir lá dormir", sublinhou o autarca, adiantando ainda que a janela do quarto "é tapada com um cobertor à falta de estore".
"Isto preocupa-me e tenho vindo a encontrar pelo menos uma alternativa para os militares dormirem, porque estão a respirar aquela humidade toda", realçou.
Segundo o autarca, o edifício "não está adaptado a pessoas com mobilidade reduzida" e o atendimento ao público é feito em "condições muito primárias".
O Destacamento e o Posto Territorial da GNR de Alenquer funcionam em instalações que são cedidas pela câmara e que já foram uma antiga prisão, na zona mais antiga da vila, com ruas apertadas e de difícil acesso. O Destacamento é responsável pelos postos de Alenquer, Azambuja e Cadaval.
Na reunião com o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, o autarca mostrou disponibilidade para ceder um terreno, com vista à construção de um novo edifício. Apesar de a construção de novas instalações estarem, desde 2008, entre as compensações pela deslocalização do concelho do projecto do Aeroporto Internacional de Lisboa, a construir na Ota, "não estão entre as prioridades".
O MAI diz que "ainda não está definida a solução a adoptar" mas espera ter concluído "nos próximos meses os estudos e projectos".

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