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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Câmara de Alenquer tenta captar investimento para fábrica abandonada

A Câmara de Alenquer está tentar captar investimento estrangeiro para a venda da centenária fábrica têxtil da vila, uma forma de também prevenir a eventual derrocada do edifício, disse hoje o seu presidente.
Pedro Folgado (PS) afirmou à agência Lusa que a autarquia decidiu envolver a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) neste processo de modo a vir a encontrar interessados no estrangeiro.
Em 2011, a autarquia aprovou o concurso para concessionar as obras e a exploração do edifício a privados, mas este nunca chegou a ser lançado.
"Por não termos capacidade financeira para recuperar, estamos disponíveis para entregar a Chemina a potenciais interessados na aquisição ou cedência, e a fábrica já consta da lista de imóveis a investir disponibilizada pela AICEP", acrescentou.
A autarquia tenciona ainda lançar, no último trimestre do ano, um concurso de ideias, no qual possam surgir projetos inovadores para a requalificação do espaço.
Para a maioria socialista no município, a recuperação da antiga fábrica "é estruturante no projeto de valorização e requalificação ribeirinha da vila", o qual tenciona candidatar aos próximos fundos comunitários.
Se não surgir uma solução, o autarca adiantou que pondera, antes do próximo inverno, efetuar obras, estimadas em 200 mil euros, com o intuito de consolidar o edifício e não o deixar cair, até surgir uma solução a dar no futuro à Chemina.
O autarca adiantou que um relatório elaborado por técnicos da autarquia, que têm vindo a monitorizar o estado de conservação do espaço, concluiu existir um desvio de cinco centímetros na estrutura do edifício.
A fraca solidez do imóvel poderá vir a causar derrocadas e, por isso, a autarquia equaciona encerrar um parque de estacionamento na frente da antiga fábrica, de modo a prevenir danos nas viaturas ou acidentes com pessoas.
Na sequência de um conturbado processo de falência, o imóvel veio a ser adquirido há 17 anos pelo município e, já depois, chegou a estar destinado a um centro cultural, uma escola e um hotel, mas nenhum projeto se concretizou.
Segundo o autarca, já depois da ação da AICEP, surgiram investidores interessados em transformá-lo num hotel, mas nenhum negócio se firmou.
Em 2000, foi alvo de um incêndio, que o deixou o espaço degradado.
Após a ocorrência, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil concluiu, num relatório, que o estado das alvenarias e do travamento lateral obrigava a uma intervenção, motivo pela qual a autarquia tem vindo a efetuar pequenas intervenções.
O edifício, que se insere na malha urbana da vila, é composto por três andares, possui um outro anexo onde se localizavam as antigas caldeira e máquina a vapor, e tem uma fachada, que atinge os 16 metros de altura e 110 de largura.

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