Arqueólogos que no verão escavaram o Castro do Amaral, em Alenquer, anunciaram hoje a descoberta de um objeto de inspiração fenícia, semelhante ao alfinete de dama, confirmando assim a forte presença fenícia no estuário do Tejo.
Ana Margarida Arruda, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que coordenou a campanha arqueológica, disse à agência Lusa que o estudo dos materiais recolhidos permitiu confirmar a existência de uma fíbula de bronze.
A investigadora explicou que a peça, com cerca de nove centímetros e datada do século VII antes de Cristo (a.C.), é "uma espécie de alfinete de dama de antigamente" usado no vestuário há mais de três mil anos e trazida pelos fenícios, oriundos do litoral do atual Líbano.
Além de "muito bem conservada", é uma raridade, não só por apenas existirem outras três ou quatro em Portugal, mas também por ter uma decoração que outras fíbulas não têm.