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terça-feira, 2 de julho de 2019

Empresário de Macau investe em vinhos na zona de Alenquer

Wu Zhiwei, um empresário de Macau, está a apostar nos vinhos portugueses e já produz atualmente "mais de cem mil garrafas", na zona de Alenquer, a 50 quilómetros a norte de Lisboa.
"Há mais de dez anos já tinha em mente investir em Portugal. Uma ideia que foi amadurecendo", disse Wu Zhiwei, em entrevista à Lusa.
No entanto, o investimento só se concretizou em 2015, à "boleia" do projeto chinês "Uma Faixa, Uma Rota" e depois de uma viagem por Portugal para conhecer grandes produtores de vinho.
"Os vinhos portugueses têm elevado valor e são bons. Pena que apesar de terem qualidade não sejam, de um modo geral, conhecidos em outros países", afirmou o empresário, que pretende dirigir os seus vinhos sobretudo para os mercados europeu e chinês.
Uma quota de 20% da produção total fica para comercializar em Portugal, "todo o resto é para exportação", disse.
Sem precisar o montante investido, Wu Zhiwei quer criar, a longo prazo, uma marca reconhecida mundialmente, que traduza a qualidade do vinho português.
"Qualquer empresário quer ter lucros e ninguém investe para ter prejuízos, mas sendo de Macau quero que o vinho português seja mundialmente conhecido", afirmou.

Aumento do preço da água divide Câmara e Águas de Alenquer há três anos

A Câmara e a Águas de Alenquer mantêm há três anos negociações decorrentes de um pedido de reequilíbrio financeiro feito pela concessionária, por terem posições diferentes quanto ao eventual aumento da fatura da água, disseram hoje os seus responsáveis.
À agência Lusa, o presidente da câmara, Pedro Folgado, e Tiago Carvalho, da administração da Águas de Alenquer, recusaram divulgar o valor da indemnização pedida pela concessionária desde 2016 e atualizada em 2018, por haver consumos abaixo do contratualizado em 2004, quando se previa um aumento populacional com a construção do aeroporto na Ota.
O reequilíbrio financeiro pode ser pedido sempre que há um desvio superior a 20% ao contratualizada e pode ser efetuado através do aumento das tarifas, do pagamento de uma compensação pelo município, por investimentos que este venha a realizar na rede ou pela conjugação de várias destas variáveis, previstas no contrato.
Segundo a empresa, "todos os cenários estão em cima da mesa das negociações", admitindo que as "partes estão a convergir para um cenário", que não disse qual é.
Já o presidente da câmara, Pedro Folgado, manifestou não estar "disponível para aumentar tarifas", defendendo que "cada vez vive mais gente em Alenquer e que os consumos aumentaram".
Tiago Carvalho esclareceu que o aumento do número de consumidores "tem impacto favorável, mas não é suficiente para repor o equilíbrio financeiro" face ao que foi contratualizado em 2004.