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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Arguidos acusados de traficar cocaína da Argentina conhecem sentença em Alenquer

O Tribunal de Alenquer agendou para hoje a leitura do acórdão do caso de seis arguidos, cinco deles argentinos, acusados de associação criminosa e tráfico agravado de quase uma tonelada de cocaína dissimulada entre carvão. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, em 2011 e 2012 os arguidos exportaram da Argentina para Portugal, por via marítima, sacas de carvão para dissimular a droga que foram depois armazenadas em armazéns arrendados em Torres Vedras e Alenquer, até serem reencaminhadas para Espanha por via terrestre.
Durante o julgamento, um dos arguidos confessou na íntegra os factos da acusação, uma das provas que levaram o MP a considerar, nas alegações finais, que há provas para condenar a maioria dos arguidos, pedindo penas de prisão entre os cinco e os 13 anos. Os seis arguidos (entre os 20 e os 48 anos), cinco dos quais de nacionalidade argentina e em prisão preventiva, estão acusados, cada um, de um crime de tráfico de droga agravado e outro de associação criminosa. Dois deles respondem ainda pela alegada prática do crime de falsificação de documentos. Segundo a acusação, os arguidos passaram a usar nomes falsos em documentos de identificação pessoal, facturas e contratos de arrendamento, procederam a alguns carregamentos de teste e constituíram uma sociedade que seria a destinatária dos carregamentos e faria a separação da droga do carvão, explica a acusação. O primeiro carregamento, contendo meia tonelada de cocaína, chegou ao porto de Lisboa em Novembro de 2011; o segundo, com 400 quilos, em Março de 212, e um terceiro, com 150 quilos, em Abril desse ano. Contudo, no primeiro carregamento, duas sacas contendo 12 quilos de cocaína seguiram, por descuido, misturadas com o carvão, vindo a ser apreendidas pelas autoridades, que, por sua vez, começaram a investigar. Os arguidos foram detidos aquando do segundo carregamento, estando o grupo na prisão a aguardar julgamento quando o terceiro carregamento entrou no país.

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