Cerca de 1700 pessoas residentes em Santana da Carnota só terão este mês acesso a médico um dia por semana, na extensão do centro de saúde de Alenquer que funciona na freguesia.
"Sou diabético, estou quase a precisar de medicamentos e não sei como vou fazer", lamenta Alfredo Mendonça, de 61 anos. "E em agosto não podemos adoecer porque não há consultas", ironiza Nuno Granja, presidente da junta de freguesia.
A população contesta o recurso a empresas que contratam médicos. "O compromisso é darem consultas 15 horas por semana (dois dias) mas nunca foi cumprido", disse Odete Nascimento, da Comissão de Utentes.
"Os médicos faltam muito, estão sempre a mudar e não se cria confiança", acrescenta Manuel Tinoco, também da comissão. O problema arrasta-se desde 2005, quando o posto perdeu o médico residente.
No início de cada mês são feitas as marcações das consultas e formam-se filas de madrugada. "Um senhor trazia o colchão e dormia aqui", contam. Nos dias em que vem o médico também há filas noturnas. "Quem chega às 8h00 já não consegue consulta de urgência." Hoje, a população espera fazer as marcações para o mês e marcou um protesto.
No concelho, "há 14 mil utentes sem médico de família, metade dos quais no Carregado", disse ao CM o vereador Rui Costa. O autarca tem esperança de que na contratação de médicos em curso, dos três clínicos destinados ao Carregado, um venha a assegurar consultas em Santana da Carnota.
O CM questionou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, mas não obteve resposta.Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/
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