O traçado da linha de alta tensão Carregado-Rio Maior foi chumbado por afectar a área protegida da Serra do Montejunto e a paisagem vinhateira do concelho de Alenquer, anunciou esta terça-feira fonte do Ministério do Ambiente.
A Declaração de Impacto Ambiental (DIA), que foi emitida a 29 de Julho e que a agência Lusa teve acesso, mostrou-se «desfavorável» ao projecto, após decisão do Ministério do Ambiente baseada no parecer da comissão de avaliação e no relatório da consulta pública, na qual participaram 11 entidades.
A declaração revela que existem impactos sobre «povoações e vias atravessadas» por cabos e sobre a Paisagem Protegida da Serra de Montejunto. A avifauna da serra pode ficar afectada devido aos «riscos de colisão», sobretudo com aves de rapina.
O Ministério do Ambiente reconhece que, apesar de não pôr em causa a produtividade das vinhas de Alenquer, «existe uma afectação paisagística de uma área agrícola relevante, representativa da tradição vitivinícola e que constitui um território que tem vindo a ganhar expressão enquanto paisagem vinhateira».
Entre os aspectos negativos apontados aos projectos encontra-se o facto de a nova linha de alta tensão atravessar, por via aérea, nove freguesias do concelho de Alenquer numa extensão de 30 quilómetros de uma ligação total de 56 quilómetros.
A Rede Eléctrica Nacional justifica dizendo que a futura linha de alta tensão Carregado-Rio Maior, vem «reforçar o abastecimento de energia à região da Grande Lisboa, devido à pressão urbana» existente.
De acordo com o estudo, em causa está um consumo médio de dois mil megawatts, prevendo-se três mil nos próximos 10 a 12 anos.
Fonte: http://www.tvi24.iol.pt
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