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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Trabalhador julgado por tentar matar patrão que o ia despedir

O Tribunal de Alenquer começa na quarta-feira a julgar um homem acusado de tentar matar a tiro o presidente da associação para a qual trabalhava, quando soube que ia ser despedido.
Segundo a acusação, a que a Lusa teve acesso, o vigia do Campo de Tiro de Abrigada, concelho de Alenquer, decidiu vingar-se do presidente da associação de caçadores daquela freguesia, tendo-lhe telefonado e marcado um encontro em abril deste ano.
No local, o arguido, que estava de costas para o dirigente, voltou-se de forma repentina e apontou-lhe uma arma de fogo, dizendo-lhe "eu mato-te, ajoelha-te, mete as mãos para cima", ao que a vítima obedeceu.
O homem acabou por disparar um tiro, que não atingiu a vítima por esta se ter movimentado.
O dirigente associativo aproveitou depois quando o agressor estava a mudar a espingarda de mãos para empunhar uma faca e fugiu, escondendo-se numa zona de mato.
O arguido, de 56 anos, efetuou um segundo disparo, sem atingir a vítima, de 50 anos, que, escondida, telefonou a pedir ajuda a um amigo. O suspeito acabou por se esconder também.
Após investigação, e na ausência de testemunhas e de detenção em flagrante delito, o vigia foi apontado como principal suspeito e presente a tribunal quase um mês depois, tendo ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva.
A medida de coação foi alterada no mês passando, para prisão domiciliária sob vigilância eletrónica, depois de o homem ter prestado novas declarações ao juiz de instrução criminal.
O funcionário da Associação de Caçadores da Freguesia da Abrigada está acusado de um crime de homicídio na forma tentada, um crime de coação agravada e outro de detenção de arma proibida.
Nas buscas domiciliárias, a Polícia Judiciária apreendeu 75 munições, quatro cartuchos e a faca, enquanto a arma de fogo foi entregue à PJ pelo seu advogado também no mês passado.

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