O aparecimento de três casos de alunos com tuberculose está a suscitar alguma preocupação na Escola Secundária Damião de Goes de Alenquer e as autoridades de saúde anunciaram, em meados de Abril, que iria ser feito um rastreio alargado a todos os professores, funcionários e alunos do estabelecimento. Passado mais de um mês, os testes a professores e funcionários estão concluídos, mas os testes de despistagem da doença nos alunos só deverão estar concluídos dentro de um mês, no final do ano lectivo.
De acordo com Rui Costa, vice-presidente da Câmara de Alenquer e responsável pelo pelouro da Educação, está prevista a presença, junto à escola, de uma viatura especializada da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) para que todos os alunos possam fazer a radiografia e o teste de Mantoux, usados na despistagem da tuberculose. O caso tem vindo a ser acompanhado pela unidade de saúde pública de Alenquer com o apoio da ARSLVT. “A população adulta da escola foi alvo de testes de Mantoux e de radiografias complementares, mas falta uma parte ainda significativa dos alunos. Está prevista a presença da viatura da ARS e que se consiga, até final do ano lectivo, fazer estes testes e radiografias a todos”, prevê o edil, que participou, na semana passada, numa reunião alargada sobre o assunto.
Dos resultados já conhecidos deste rastreio, Rui Costa sabe que, “até à data, não há nenhuma situação de alarme. Todos sabemos que o teste de Mantoux identifica, ou não, a presença da bactéria no organismo, que poderá estar activa ou não. Esperamos que até final do ano lectivo possamos ter um relatório concreto e objectivo. Julgo que não há razão para alarme nesta fase e que estão a ser tomadas as medidas tidas como mais adequadas pela unidade de saúde e pelas restantes entidades”, sustenta o vice-presidente da edilidade alenquerense.
A 22 de Abril, o Agrupamento de Escolas Damião de Goes (AEDG) distribuiu uma informação aos pais e encarregados de educação onde dava conta do aparecimento de três casos de infecção com tuberculose em alunos da Escola Secundária (tem cerca de mil alunos), entre Agosto e Março passados. Segundo os responsáveis do Agrupamento, a informação do primeiro caso foi dada por uma técnica do Centro de Saúde, em Agosto, que assegurou que “o contágio teria uma probabilidade muito diminuta e que era importante não criar alarme”. Também por isso, a grande maioria dos alunos e professores da turma do estudante em causa fizeram testes antes do início do ano lectivo. Ao mesmo tempo foram tomadas algumas medidas de arejamento das salas de aula, porque “o bacilo apenas sobrevive alguns minutos no ar em áreas fechadas” e o contágio só pode acontecer em casos de convivência prolongada em espaços fechados.
Já em Dezembro surgiu um segundo caso com um aluno de outra turma, em cujos elementos foram, igualmente, realizados testes. Já em Março surgiu a informação de um terceiro caso. O AEDG informou a unidade de saúde local e solicitou “com urgência a realização de um rastreio a toda a população escolar”. Foi, depois, informada da realização de radiografias a todos os professores e funcionários e no refeitório da escola. Ficou, igualmente, previsto o rastreio alargado a todos os alunos, que só deverá ficar concluído dentro de um mês.
Fonte: http://www.publico.pt/
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