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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Helena Santo não descarta candidatura à Câmara

Notícia "Nova Verdade", edição de 15OUT2010

Helena Santo não afasta completamente a hipótese de se candidatar à presidência da Câmara de Alenquer. A advogada, que actualmente integra como independente a bancada social-democrata na assembleia municipal, tem sido apontada por alguns sectores da Coligação Pela Nossa Terra (CPNT) como possível candidata à liderança do município em 2013, mas recusa, para já, esse cenário. Apesar disso, a antiga deputada do CDS-PP na Assembleia da Republica mostra estar bastante atenta à actualidade politica concelhia, não poupando críticas à gestão socialista da autarquia liderada por Jorge Riso.
“O meu objectivo de vida é ser advogada, gosto muito de ser advogada e acima de tudo gosto de com esta liberdade poder defender os meus clientes e aqueles que ao longo da vida sempre estiveram ao meu lado e, portanto, entendo que Alenquer tem outras soluções que não eu”, afirma ao Nova Verdade Helena Santo, realçando que o seu objectivo “não passa por gerir os destinos do concelho”. Contudo, aquela que foi a cabeça de lista da coligação de centro direita para a Assembleia Municipal de Alenquer, nas autárquicas de 2009, não exclui a hipótese de uma candidatura futura à presidência do município: “Hoje afasto de forma peremptória essa realidade, mas é evidente que não posso dizer o que farei daqui a dez ou 15 anos”, sustenta a conhecida causídica, com escritório na sede de concelho há largos anos.
Assumindo que gosta muito da política, e que gostou muito da experiência a nível do Parlamento, Helena Santo volta a salientar nesta entrevista que também gosta muito da sua profissão de advogada e que gosta de trabalhar em Alenquer. “Devo tudo a este concelho, tenho aqui os meus clientes. E tenho muita pena dos destinos deste concelho, acho que é um concelho cheio de potencialidades, que não tem sido devidamente gerido e continua a não ser. Nem eu estava à espera da desorganização desta câmara municipal; não acreditava naturalmente nesta presidência socialista, mas nunca pensei que fosse tão má”, enfatiza aquela que é vista por vários sectores da política concelhia como a candidata mais forte, no âmbito da aliança liderada pelo PSD, para vencer Jorge Riso nas urnas.
“Vejo o desalento dos próprios funcionários da câmara, que por não haver organização acabam por não ser aproveitados, e o desalento dos munícipes por verem a nossa vila completamente desprezada, as ruas sem serem alcatroadas, o comércio moribundo”, critica Helena Santo, apontando a “falta de uma direcção, de uma mão firme e de um rumo” ao nível da liderança camarária. “Fico muito triste quando vejo que as pessoas pensam muito pequeno: Na ultima sessão da assembleia municipal propus a organização de um congresso com o titulo ‘Alenquer que temos, Alenquer que queremos’, com o objectivo de convidar as forças vivas do concelho, aquelas pessoas que não querem saber dos políticos e que odeiam os políticos, para virem todos – agricultores, viticultores, empresários dos diversos sectores, estudantes – ao Auditório Damião de Goes, num fim-de-semana, conversar sobre Alenquer e dizer qual o caminho que deve ser seguido pelo município, para no final se fazer um resumo e dar ideias ao executivo. E esta ideia foi rejeitada, com os votos do Partido Comunista, com o argumento de que ‘não vale a pena, nós já cá estamos para representar o povo’; ora, nós não representamos nada, representamos muito pouco, porque há aquele povo que não se sente representado em nós. E o PS disse, por seu turno, que a assembleia não pode organizar essa iniciativa, que quem tem que organizar isso é o presidente de câmara, a quem eu já tinha dado a ideia há muitos meses, mas que, por objectivos meramente políticos, rejeitou esta minha proposta”, destaca a eleita independente pelo PSD, manifestando-se “amargurada por ver que as pessoas não querem discutir o concelho”, mas prometendo que não se vai silenciar.
E muito embora o pensamento abrangente que revela sobre o concelho a coloque em boa posição para, no próximo quadro eleitoral autárquico, vir a representar as forças políticas que compõem a CPNT, Helena Santo assegura que o seu futuro próximo passa por ser advogada. “Eu estou aqui como independente. Alenquer tem pessoas espectaculares para se candidatarem à câmara – algumas que já se candidataram e outras que gostariam de integrar as listas – e eu estarei sempre disponível para colaborar”, conclui.  

3 comentários:

  1. Sera que vamos ter uma Camara Centro-direita em 2013? Uma vereadora CDS ja la esta, E a ex-deputada talvez...seria a primeira vez que a CMA seria liderada pelas senhoras...talvez ate seja bom.

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  2. Pegando no que disse a srª deputada municipal sobre o congresso ‘Alenquer que temos, Alenquer que queremos’ e a justificação da CDU (não PCP):
    quando dizem que os deputados na AM são os representantes do povo, estão a contar os cerca de 40% de abstenção que houve nas últimas autárquicas. Ou aquelas 13000 pessoas não são "povo"?

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