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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

«Alenquer deve seleccionar três ou quatro produtos e apostar neles para se promover»

José Bento dos Santos produz vinhos de apreciada
qualidade na sua Quinta do Monte d'Oiro
O produtor de vinho José Bento dos Santos, da Quinta do Monte d’Oiro, diz que, “no actual enquadramento do sector, marcado por uma competição gigantesca, o grande desafio que se coloca aos produtores nacionais é o da comercialização”, manifestando-se, no entanto, contra o que classifica como “cervejização do vinho”, tendo em conta que esse processo choca, nas suas palavras, com a selecção natural que deve prevalecer em termos de qualidade das marcas. “Há vinhos que são obras de arte”, sustenta aquele que é uma figura incontornável do mundo dos vinhos e da gastronomia portuguesa.
Em entrevista ao Nova Verdade, José Bento dos Santos, de 64 anos, que tem origens familiares (do lado materno) em Vila Chã, freguesia de Ventosa, e apostou no concelho de Alenquer para concretizar o seu mais importante projecto de vida, salienta que “depende dos portugueses o País sair mais, ou menos, rapidamente da crise”, preconizando um quadro de “ muito trabalho e regresso a um modelo de poupança por parte de todos, e de coragem de quem nos governa para tomar oportunamente as necessárias decisões” como passos fundamentais para ultrapassar a situação financeira complicada em que Portugal se encontra.
Virando-se para a realidade local de Alenquer congratula-se pela inclusão do concelho nos Vinhos da Região de Lisboa e defende que “o município deve seleccionar três ou quatro produtos e apostar neles para se promover”. Num contexto mais alargado, o da Rota do Vinho, insurge-se contra a designação “Oeste” como identificativo de uma região. “É uma coisa que não tem pés nem cabeça e a primeira questão a fazer era mudar o nome”, critica.

Entrevista que pode ler na última edição do "Nova Verdade"

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