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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ambientalistas contra parque eólico no Montejunto

Várias associações ambientalistas e de defesa do património contestaram esta quinta-feira a instalação na Paisagem Protegida da Serra do Montejunto de um parque eólico, cujo estudo de impacto ambiental está em consulta pública até à próxima terça-feira.
A Quercus, a Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer (Alambi), a Associação Leonel Trindade, a Associação de Defesa do património de Torres Vedras e o Espeleo Clube de Torres Vedras "consideram que a instalação do parque eólico constituirá um grave atentado à conservação dos valores naturais e à salvaguarda da paisagem e do património cultural", refere o comunicado, hoje divulgado.
Para as associações, a instalação de um parque eólico e de uma linha eléctrica "coloca em causa a paisagem protegida e um dos sítios de importância comunitária da Rede Natura 2000", transformando um dos locais com menor presença humana numa paisagem muito artificializada, onde 17 aerogeradores com 126 metros de altura alterarão negativamente a área envolvente".
Dois dos aerogeradores poderão destruir a um abrigo de "espécies ameaçadas" de morcegos, três das quais estão "criticamente em perigo de extinção" e afectar habitats naturais de espécies de flora protegidas, sublinham.
Os riscos recaem também sobre um casal de "águia de bonelli, espécie em perigo de extinção" e sobre o monumento nacional do Castro da Rocha Forte. Neste sentido, lançaram uma petição online (http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=MTJ2011), que já foi subscrita por 143 pessoas e que vai ser enviada à ministra da Agricultura e Ambiente.  
O parque eólico corresponde a um investimento de 45 milhões de euros na instalação, nas freguesias do Cercal e Lamas (Cadaval), de 17 aerogeradores, com uma potência global de 34 megawatts, capazes de produzir por ano 106 gigawatts de electricidade, refere o Estudo de Impacto Ambiental, a que a Lusa teve acesso.  
Para injectar a energia na Rede Eléctrica Nacional, vai ser também instalada uma linha eléctrica até ao posto da EDP da Merceana, a qual vai atravessar as freguesias do Cercal, Lamas (Cadaval), Abrigada, Ventosa, Olhalvo, Aldeia Gavinha, Merceana, Cabanas de Torres e Vila Verde dos Francos (Alenquer). 
Se for licenciado pelo Ministério da Economia, o parque eólico vai poder laborar durante 20 anos.

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/

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