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quarta-feira, 13 de junho de 2012

«Autarquias passam sérias dificuldades»

Jorge Riso   diz que o aumento da tarifa 
de resíduos sólidos urbanos é de cerca de 3 euros
Jorge Riso, Presidente da Câmara de Alenquer, sobre a subida de 1240% na tarifa de resíduos sólidos urbanos

Correio da ManhãA autarquia de Alenquer vai aumentar as tarifas dos resíduos sólidos urbanos de 0,5 euros para 6,7 euros. O que motiva o aumento?
Jorge Riso – A nossa taxa tinha 22 anos, nunca tinha sido actualizada e não estava de acordo com a lei, que limita uma taxa fixa e variável. Estávamos a cobrar o mínimo, que não suporta os custos com a recolha e tratamento do lixo: 1300 mil euros anuais. Aplicámos apenas o que é exigido pelo regulador.

Justifica-se um aumento de 1240%?
– Como a taxa é indexada ao consumo da água, estamos a falar de cerca de três euros a mais por mês, são apenas alguns cafés. Só poderá atingir esse valor em grandes clientes empresariais.

A população compreende o aumento em tempo de crise?
– Creio que sim, porque estamos a falar de um serviço que serve todos os munícipes, mas há uma série de isenções para famílias numerosas ou carenciadas. Hoje pagam todos o mesmo valor, munícipes e empresas, e assim há muitos que ficam beneficiados e deixam de pagar. É uma medida de inteira justiça.

As dificuldades da autarquia levaram ao aumento?
– Neste momento, a autarquia está a subsidiar o serviço porque cobra um terço do que ele custa. No momento em que as câmaras deixam de ter receitas e o governo corta outras, como o IMI, é natural que passem sérias dificuldades.

Quando entra em vigor o aumento?
– Possivelmente só depois de Setembro. Foi aprovado em reunião de Câmara, tem de ir à Assembleia Municipal e tem de ser aprovado pela entidade reguladora, mas o aumento será aplicado na factura de forma gradual, ao longo de três anos.

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