A Quinta de São Paulo "esconde" no seu interior um verdadeiro tesouro |
O antigo convento de São Julião, fundado em 1400 por religiosos paulistas, na zona da Carapinha, em Alenquer, atingiu um estado de degradação acentuado e, se não forem tomadas medidas, a sua recuperação pode tornar-se inviável, devido ao abandono a que está sujeito. A denúncia é do arqueólogo alenquerense Miguel Cipriano Costa, que apela ao novo proprietário do conjunto medieval, bem como à Câmara de Alenquer e à Junta de Freguesia de Triana para que preservem o vetusto edifício, recomendando ainda a instauração de um processo de classificação daquele património.
Também conhecido por convento dos paulistas, este edifício religioso já existia em meados do século XV, tendo sido construído junto a um dos traçados viários de sentido Sul-Norte, que partindo de Alenquer, se dirigia na direcção de Abrigada. Certamente que não só o acesso viário potenciou as razões da sua localização, visto que a riqueza aquífera e a fertilidade dos solos ainda hoje são bem conhecidas das gentes locais.
Com a alienação dos bens da igreja na primeira metade do século XIX, este espaço foi parar às mãos de privados, passando a ser conhecido por “Quinta de São Paulo”. No entanto, apesar da feracidade dos solos circundantes ao antigo convento, a quinta ficou conhecida, essencialmente, pelo funcionamento de uma instituição bancária nas suas instalações: pelos empréstimos que disponibilizava e pela penhora dos bens dos incumpridores menos afortunados.
Na atualidade, este espaço cultual e rural situado nos arredores da vila de Alenquer entrou numa nova fase com a mudança de proprietário por penhora de bens. Por ironia da história, o presente proprietário é de novo uma instituição bancária, que tomou as medidas que julgou úteis e necessárias, providenciando para que os edifícios fossem fechados, para que estes não fossem alvo de vandalismo. “No entanto, as medidas aplicadas não foram eficazes, e suscitaram um surto de vandalismo e furto aleatórios, que colocam em perigo o futuro do edifício medieval”, sublinha Miguel Cipriano Costa, defendendo que “é urgente que se tomem medidas, mesmo tendo em conta a actual degradação paisagística do conjunto, para que o edifício, num conjunto onde se inclui a igreja, claustro e edifícios anexos, seja preservado”.
Notícia desenvolvida na edição de 15JAN2013 do "Nova Verdade"
Cerca de 69 anos estive na Quinta S. PAULO MEU SEGUNDO TIO ERA CASEIRO AI Tenho uma Vaga ideia da capela aos meus 5 anos nao recordo muito gostaria que conservassem o local e historico nao estou em Portugal pelo que dou muito valor a tudo seja parte da nossa historia....
ResponderEliminar