Pároco justifica preço com encargos de manutenção da Igreja |
Casar na Basílica de Santa Quitéria, em Alenquer, representa para os noivos um custo de 400 euros, caso não sejam residentes na paróquia. O preço, que não é para qualquer bolsa, parece não afastar os matrimónios do altar de Meca. O pároco local garante que não tem mãos a medir.
"Quando cheguei aqui há 13 anos encontrei uma basílica com candelabros neste estado", referiu o pároco da freguesia de Meca, ao apontar para um castiçal bastante estragado. "Agora olhe para o estado da igreja e veja se encontra alguma coisa degradada", acrescentou o padre, que recusou mencionar o nome e se mostrou bastante zangado com a presença da equipa de reportagem do Correio da Manhã.
Orgulhoso do seu trabalho de valorização da basílica, o padre mostrou o sistema de som, no qual foram investidos mais de vinte mil euros. "É injusto afirmar que ando a cobrar esse dinheiro por interesse próprio. Repare na igreja, que está toda pintada por fora. A iluminação também é toda nova e tivemos o cuidado de comprar carpetes, rendas e mobiliário adequados para a celebração de casamentos", acrescentou.
O padre precisou ainda que o destino dos 400 euros que cobra a cada casal, valor que se mantém inalterado há 13 anos, é todo justificado ao Patriarcado de Lisboa.
Consciente da sua missão, afirmou que aos residentes na paróquia não é cobrado qualquer valor. "As pessoas daqui só pagam se quiserem. Agora, aos noivos de fora cobro porque eles podem casar em qualquer lugar. Se escolhem a minha igreja é porque entendem que, apesar do preço, e perante os serviços prestados, vale a pena", referiu.
No preço cobrado estão incluídos, para além da utilização da igreja, que é património nacional, as flores, a música nupcial, o coro, e no final da celebração, o serviço de limpeza do espaço.
Fonte: "Correio da Manhã"
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