O antigo matador de toiros Rui Bento Vasques considera que “Alenquer está demasiado apagada”, situação que relaciona “com o espírito que as pessoas têm e sobretudo com a falta de espírito que não se lhe é capaz de incutir”, defendendo, por isso, a necessidade de “quem tem responsabilidades transmitir ao povo dinamismo e uma forma mais pró-activa de actuar, e de conseguir objectivos mais alargados”.
Em entrevista ao Nova Verdade, o agora director de actividades tauromáquicas do Campo Pequeno faz um balanço positivo dos seis anos que leva à frente da praça de touros mais importante do País e traça um quadro do panorama actual, das preocupações e dos desafios, do sector taurino em Portugal, que na sua opinião “deve aproveitar esta fase económica complicada para se reorganizar, reduzindo o número de espectáculos e privilegiando a qualidade à quantidade”.
Rui Bento Vasques, de 47 anos, natural de Refugidos (freguesia de Cadafais), encara com pragmatismo a crise que atirou Portugal para a recessão, defendendo que “vamos ter que fazer um grande esforço, porque a médio prazo as coisas não vão ser fáceis e se não houver um sentido de cooperação e de unidade a nível social, intelectual, cultural e fundamentalmente económico, podemos voltar a viver situações que já vivemos há 40 anos”. “Gostaria que não tivéssemos que viver aqui em Portugal aquilo que eu tenho visto, sobretudo, nos países do Sul da América, nomeadamente no Perú, no Equador, na Venezuela ou na Colômbia, em que há, de facto, um grande desequilíbrio intelectual e social”, sustenta aquele que é o taurino português mais conceituado a nível internacional, que em 25 de Abril de 2009 foi galardoado com a medalha de mérito (grau prata) do município de Alenquer, por tudo aquilo que fez pela terra e por ter levado o nome de Alenquer a vários pontos do Mundo.Entrevista que pode ler na edição de 15JAN2012 do "Nova Verdade"
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