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A câmara de Alenquer tenciona, dentro de três anos, beneficiar os moradores que aderirem à reciclagem, reduzindo-lhes a tarifa dos resíduos, que vai começar a cobrar na fatura da água, como prevê o regulamento aprovado hoje pela assembleia municipal.
O presidente da câmara, Jorge Riso (PS), explicou na assembleia municipal que a câmara "vai preparar-se para, daqui a três anos, indexar a tarifa não ao consumo da água mas à reciclagem" por não dispor de condições para efetuar já a alteração.
Com a medida, o município quer incentivar a população a aderir à separação dos resíduos recicláveis e reduzir os custos e a quantidade do lixo depositado em aterro.
O autarca adiantou que é intenção do município vir a aumentar o número de ecopontos e a adotar um sistema de pesagem dos resíduos nesse sentido.
A assembleia municipal aprovou hoje por maioria um regulamento de gestão de resíduos urbanos, a prever coimas a penalizar, dentro de três anos, quem não colocar resíduos nos ecopontos e aumentos na tarifa dos resíduos.
Com os aumentos, sugeridos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Saneamento, a autarquia passa a receber por ano 500 mil euros da tarifa de resíduos.
Segundo o documento, os consumidores domésticos vão passar a pagar um euro de tarifa fixa e 0,20 euros de tarifa variável por cada metro cúbico de água consumida, enquanto as tarifas para os não domésticos são, respetivamente, de 1,50 e 0,30 euros.
A autarquia pretende aliviar o esforço das famílias carenciadas, isentando-as do pagamento da taxa fica e reduzindo-lhes em 50 por cento a tarifa variável.
Também as famílias numerosas, com mais de três filhos, vão ficar isentas da taxa fixa e vão ter uma redução de 10% no pagamento da tarifa variável por casa filho.
Feitas as contas, a maioria das famílias do concelho (consumidores de 15 metros cúbicos de água) vai pagar mais três euros na fatura da água, uma família carenciada 1,52 euros e uma família numerosa 2,75 euros.
Os valores foram negociados entre PS e a coligação PSD/CDS-PP/PPM, que veio a propor tarifas mais baixas do que aquelas inicialmente sugeridas pelo PS (mais próximas dos valores reais que o serviço custa à autarquia), para não agravar a situação económica das famílias.
A câmara paga por ano 500 mil euros à Valorsul pela deposição de resíduos em aterro e enviou 16 mil toneladas para aterro em 2012.
Fonte: http://www.oesteglobal.com/
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