Autarcas de Triana e Santo Estêvão concordam com fusão das duas freguesias

Paulo Matias e Vítor Ronca concordam com a  fusão

Os presidentes das freguesias de Triana e Santo Estêvão estão de acordo com um eventual agrupamento das duas freguesias da sede de concelho, se essa medida vier a ser considerada na reorganização de freguesias e municípios que o acordo do Estado português com a Troika (FMI, UE e BCE) impõe. Vítor Ronca e Paulo Matias admitem que a população alenquerense poderá mesmo ficar a ganhar caso a decisão de fusão das respectivas freguesias seja tomada, tendo em conta que será possível tirar partido da consequente concentração de meios das duas autarquias e a vila poderá contar com um autarca a tempo inteiro.

“Sou a favor da fusão de freguesias, porque existem várias cuja existência não se justifica. Relativamente à junção de Triana e Santo Estêvão, estou totalmente de acordo, embora haja outras freguesias no concelho de Alenquer que existem mais razões para isso acontecer”, afirma ao Nova Verdade o presidente da Junta de Freguesia de Triana. Vítor Ronca, eleito pela Coligação Pela Nossa Terra, salienta, no entanto, que “se a fusão de freguesias avançar, a lei, naturalmente, terá que ser alterada, porque se o processo visa uma redução de custos, tem que se ver que numa freguesia com mais de 5000 eleitores, o presidente da junta já pode ganhar tanto como um vereador e, por isso, não sei se com isso vão reduzir os custos ou se estão a criar mais despesa”.

Mais peremptório na sua resposta é o presidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, Paulo Matias, defendendo, como opinião pessoal, que “devia existir só uma freguesia na área da própria vila, porque o trabalho a desenvolver na sede de concelho não tem nada a ver em termos de trabalho efectivo com as zonas mais rurais”. “O trabalho que se desenvolve em Alenquer não tem nada a ver com o trabalho que se desenvolve na zona dos Cabeços, em Pancas, ou no Porto da Luz, e penso que a dimensão de Alenquer propriamente dita em termos das pequenas grandes coisas que se podem fazer tinha toda a lógica ter uma só freguesia na própria vila, com toda a reestruturação das zonas rurais”, justifica o autarca eleito pelo PS.

(...) Paulo Matias assume que é “totalmente a favor da fusão das duas freguesias, até porque isso possibilitaria, desde logo, ter na freguesia única um autarca a tempo inteiro”. “Santo Estêvão está 4975 eleitores nestas eleições, nas próximas em 2013 já vamos passar os 5000 e aí já podemos ter uma pessoa a tempo inteiro ou a meio tempo, depois é uma decisão a tomar. Mas, naturalmente, com mais 3000 eleitores de Triana já se poderia fazer um trabalho diferente e aí com 8000 pessoas já justificaria sem dúvida uma pessoa a tempo inteiro”, refere o autarca socialista, apontando o exemplo de Lisboa, que, naquele que deverá ser o primeiro passo para uma reforma administrativa a nível nacional, já acordou a redução de 53 freguesias para 24.

Notícia desenvolvida na última edição do "Nova Verdade"